Envolvente e Mercado Imobiliário Regional
Na Região Centro de acordo com o AHP Tourism
Monitors, em Setembro de 2017 há a registar o crescimento muito expressivo da
taxa de ocupação, em variação homóloga, nos destinos Oeste (mais 9,5 p.p.),
Alentejo (mais 7,7 p.p.) e Leiria/Fátima/Templários (mais 6,9 p.p.). No mês em
foco, a taxa de ocupação quarto subiu 2,2 p.p., em comparação com Setembro de
2016, atingindo os 88%. Por destinos turísticos, cabe ao Porto (93%), à Madeira
e a Lisboa (92%) a maior taxa de ocupação. O ARR fixou-se nos 101 euros,
representando mais 15% do que no período homólogo. Os destinos turísticos
Lisboa (mais 27%), Leiria/Fátima/Templários (mais 17%) e Costa Azul (mais 16%)
registaram os maiores crescimentos neste indicador.
O RevPAR registou igualmente um crescimento
expressivo de 18%, face ao mesmo mês do ano anterior, fixando-se nos 89 euros,
com os destinos turísticos Lisboa (124 euros), Algarve (99 euros) e Estoril (93
euros) a registarem os valores de RevPar mais elevados. Em termos de variação,
os destinos Oeste (mais 29%), Leiria/Fátima/Templários (mais 28%) e Lisboa
(mais 26%) foram os que mais cresceram no mês de Setembro de 2017. Em Setembro
de 2017, a receita média por turista no hotel obteve um aumento de 13% face a
2016, fixando-se nos 144 euros. Na análise por destinos turísticos, Lisboa foi
novamente o destino que mais cresceu, com mais 28% face a setembro de 2016,
seguido de Leiria/Fátima/Templários com mais 23% e de Coimbra com mais 21%.
A Associação da Hotelaria de Portugal, afirma
“em termos de taxa de ocupação, estamos a assistir a um grande crescimento de
destinos ‘menos maduros’ como o Oeste, Alentejo ou Leiria/Fátima/Templários e
que este mês registaram subidas entre os sete e os 10 p.p. e fecharam o mês a
rondar os 80%. Destaque também para o ARR, cuja subida acompanhou a maior
procura, em todos os destinos. De assinalar, neste indicador, o destino
turístico Lisboa com um crescimento de 28%. No RevPar, as grandes subidas
verificaram-se em todas as categorias de hotéis e em todos os destinos, com
destaque para o Oeste (29%) e Leiria/Fátima/Templários (28%)”.
Por outro lado, vendem-se cada vez mais
imóveis. Os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) são
esclarecedores: no terceiro trimestre de 2017, o preço das casas aumentou 10,4%
face ao período homólogo, tendo sido transacionados 38.783 alojamentos, o valor
mais elevado de que há registo na série (iniciada em 2009) – e mais 23% que no
mesmo período do ano passado. Segundo o INE, esta subida homóloga de preços de
10,4%, a mais elevada desde 2009, “foi essencialmente determinada pelo
comportamento do preço dos alojamentos existentes, que aumentaram 11,5% em
termos homólogos”. “Os preços dos alojamentos novos também cresceram de forma
significativa, aumentando 6,9% face ao terceiro trimestre do ano anterior”,
conclui o INE. De referir que em termos trimestrais, ou seja, entre o segundo e
terceiro trimestres de 2017, comprar casa ficou 3,5% mais caro, com os preços
dos alojamentos existentes a aumentarem 4,1% e os dos novos 1,7%.
De acordo com os dados do INE, a Área
Metropolitana de Lisboa (AML), o Norte e o Centro “registaram máximos no número
de vendas, reunindo as duas primeiras regiões cerca de 64% do total das
transações realizadas no terceiro trimestre de 2017”. A região Centro superou
pela primeira vez a fasquia das 7.000 transações. No caso da AML
ultrapassaram-se, pelo segundo trimestre consecutivo, as 13.000 vendas (34% do
total a nível nacional).
Tendências
Segundo os dados mais recentes do INE
(Instituto Nacional de Estatística), a região do Centro de Portugal foi a que
mais cresceu em todo o país na procura turística durante outubro, tendo sido
registado um aumento de 20,4% no total de dormidas em hotelaria, em comparação
com o mesmo mês de 2016. No
próximo ano espera-se o nascimento de nove hotéis no Centro de Portugal.