O Valor de
Utilização terá sempre que ser entendido à luz da “utilidade da habitação para
o potencial adquirente”, como o definiu Aellen Meyer e Wiegand. Importa sobretudo
identificar e quantificar as diferenças qualitativas entre fogos observados
para o que é fundamental, manter na classificação de todos eles uma coerência
de critérios.
Em resultado da
pesquisa a fazer , agrupam-se os atributos e respectivas notações em complexos de
variáveis, na forma mais tradicional:
– Complexos das variáveis ou
exigências do Edifício.
– Complexos das variáveis ou
exigências da Habitação.
– Complexos das variáveis ou
exigências da Qualidade do Projecto e Execução.
Observam-se características
de qualidade da construção, abrangendo aspectos como:
– Qualidade do projecto.
– Qualidade dos materiais aplicados
e execução de obra.
– Conforto térmico e acústico.
– Eficiência
energética.
– Segurança contra intrusão,
incêndio e funcional.
– Organização e relacionamento entre
espaços da habitação, adequação a deficientes e idosos.
– Custos de exploração/manutenção.
–
Sustentabilidade.
– Outros.
Cardoso da Silva
(2005) adopta um modelo de Avaliação da Qualidade para auxílio à decisão de aquisição
de habitação, tendo em consideração a hierarquização das variáveis ou
exigências que mais influem na decisão. Conceptualmente inspirado nos Métodos
Sel e Qualitel porquanto analisa funcional e tecnologicamente a habitação e
considerando atributos representativos da existência de qualidade. Com base nos
critérios de apreciação e da respectiva classificação em níveis de satisfação
de mau (1), bom (3) ou muito bom (5), o modelo que permite medir
o Valor de Utilização da Habitação. Embora sem descritores de valor para a classificação
de cada atributo, a notação pode ser feita procurando sobretudo dar igual valor ao
que é semelhante, e diferenciar positivamente o que é evidente qualidade
acrescida.
O valor de
utilização (Aellen, Meyer, e Wiegand, 1979) representa em termos de medida
adimensional a utilidade da habitação para o potencial adquirente,
correspondendo à relação de conveniência entre o valor das características e o
valor das necessidades e vontades dos utilizadores expressa num único número ou
valor global.
Assim, o Valor de Utilização final determinado
não deve ser entendido como uma avaliação de cada fogo, em relação a um Valor
de Utilização padrão, mas sim como uma avaliação relativa e comparativa entre
todos os imóveis vistoriados que constituem o universo de uma amostra.
Brevemente apresentaremos, a lista de “Atributos de Apreciação de Habitação”, com as notações que devem ser feitas por fogo.
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