domingo, 30 de setembro de 2012

NOTAS DE LIQUIDAÇÃO DO IMI, ILEGAIS


"A forma como está a decorrer a cobrança do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) é ilegal, uma vez que as notas de cobrança enviadas aos contribuintes não demonstram como se chega ao valor a pagar. Esta é a principal conclusão de um acórdão do Supremo Tribunal Administrativo, emitido no passado dia 19, e que pode abrir caminho a que os contribuintes possam vir a solicitar ao Fisco a revisão da liquidação do IMI referente aos últimos três anos e, sendo caso disso, a devolução das quantias pagas."

Toda a noticia sobre a decisão do Supremo Tribunal de Justiça , aqui:
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=580837

A  propósito desta noticia, transcrevemos o pertinente alerta deixado pelo Presidente da APAE, no grupo de discussão, https://www.facebook.com/groups/avalgeral/

Diz ele, e concordamos:

1) O IMI é um imposto regulado por Lei (CIMI, DL 287/2003 e demais legislação aplicável).
2) Cada Ficha de Avaliação de imóvel cujo valor patrimonial tributário (VPT) o Perito Local determina tem de obviamente de respeitar a lei.
3) A ofensa à lei, na determinação do VPT, implica que o respectivo Perito Local assume por inte
iro a responsabilidade (cível, criminal e deontológica) pelos actos que pratica nessas determinações.
4) Por isso o legislador assegura ao Perito Local o direito/dever de independência técnica no procedimento da Avaliação. 
5) Com o recente acórdão do SPA (ver post anterior), a questão da fundamentação, pelo Perito, do valor patrimonial tributário veio tornar ainda mais sensível, para os contribuintes e seus consultores jurídicos, cada critério usado pelo Perito, no respeito rigoroso pelo CIMI e demais legislação aplicável. Um único parâmetro errado ou ignorado, em relação à realidade do imóvel, pode ser suficiente para elevado risco de responsabilidade do Perito. E de nada lhe vale alegar que não tinha informação suficiente ou que seguiu directivas do Chefe do SF, uma vez que o Perito é tecnicamente independente e tem o dever de cumprir a lei tributária.
6) Claro que a responsabilidade do Perito já era anterior ao Acórdão. Por isso, na Reunião Geral de 10-09-2012,, foi tomada por unanimidade a "posição 1".

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

COEFICIENTE DE CORRELAÇÃO


O que se pretende é explicar o mercado com base numa amostra, recorrendo à inferência estatística como procedimento de análise e interpretação de modelos e resultados da regressão.

Neste caso a inferência estatística é fundamental, permitindo, a partir da amostra, concluir sobre o comportamento geral do mercado, com determinado grau de confiança, a partir de medidas estatísticas como:

Coeficiente de Correlação
Traduz numericamente o quanto as variáveis estão relacionadas entre si, é variável entre -1 e +1 e representada pela letra r.

Logo  -1≤ r ≤ +1

Quando:
r > 0  a  correlação é directa, correspondendo a uma recta crescente
r = 0  a correlação é nula, correspondendo a uma recta horizontal
r < 0  a correlação é inversa, correspondendo a uma recta decrescente

Tabela de interpretação de correlação:
                  r = 0 correlação nula
                  0 < r ≤ 0,30 correlação fraca
                  0,30 < r ≤ 0,60 correlação média
                  0,60 < r ≤ 0,90 correlação forte
                  0,90 < r ≤ 0,99 correlação fortíssima
                  r = 1 correlação perfeita

o coeficiente da relação é dado por: 
         
r =    sxy /  (sxx . syy)  ^(1/2) 
            
Onde , 
                  sxy = covariância  (x,y)
                            n                  n           n
                 sxy = Σ xiyi – (Σ xi . Σ yi ) / n
                                      i                   i            i

Com ,        xi = variável explicativa
                  yi = variável explicada
                  n = número de dados de pesquisa
                  sxx = variância da variável explicativa
                             n              n           
                  sxx = Σ xi² – (Σ xi²) / n
                             i                i             
                  syy = variância da variável explicada
                                      n               n           
                  syy = Σ yi² – (Σ yi ²) / n
                                      i                 i             

O Coeficiente de Correlação permite concluir que o ajuste de um modelo é melhor que o outro, mas não permite conclusões definitivas.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

POUPANÇA ENERGÉTICA EM EDIFÍCIOS


Por estes dias temos observado uma procura crescente na internet por soluções conducentes à redução de consumos elétricos em edifícios. Testemunha-nos isso, o post noticia sobre Telemetria, até agora e por estes dias o mais lido deste blog.

Convém dizer que não há soluções fáceis, muito menos prontos-a-vestir. A singularidade de cada edifício, casa ou apartamento, exige uma análise aturada sobre o existente e a a ponderação de medidas corretivas sustentáveis que não serão encontradas sem o auxílio e a abordagem de um técnico profissional especializado.

Para o comum da resolução das situações de intervenção possíveis em habitação, comércio ou serviços deve procurar um Perito Certificado pela ADENE. Não embarque em despesas com novos equipamentos, só porque sim, ou porque quem lho vende promete milagres…Tão pouco deve obter um certificado, pelo certificado. Exija como objetivo uma efetiva redução na fatura de eletricidade.

A melhoria do desempenho ambiental de edifícios já existentes, desenvolvidos sob normas menos rigorosas do que as atuais, é de momento uma prioridade para responder aos desafios das alterações climáticas. Assim, para melhorar a sustentabilidade de um edifício torna-se necessário ter como base uma norma consistente e fidedigna.

Os aspetos principais do uso de um edifício avaliam-se mediante indicadores tangíveis e mensuráveis: energia, emissões, água, resíduos, saúde e transporte.

Durante uma auditoria devem analisar-se três níveis de rendimento:

1) Intrínseco: avaliação referente à envolvente do edifício e às suas instalações como foram desenhadas e tendo em conta um uso convencional.

2) Potencial: em relação ao valor intrínseco após um investimento limitado (menor ou igual a 5 anos) e otimizações-chave

3) Real: desempenho avaliado com os ocupantes e gestão atuais

O rendimento intrínseco de um edifício (ligado ao desenho da envolvente e das instalações) separa-se dos aspetos operacionais (gestão da propriedade assim como uso e comportamento dos ocupantes) e climáticos locais. Isto possibilita uma comparação consistente do comportamento dos edifícios, qualquer que seja o seu uso, estratégia de operação ou localização geográfica.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

GESTOR/MEDIADOR IMOBILIÁRIO


A exemplo de concepções de trabalho em países europeus com forte tradição no mercado de arrendamento imobiliário  e   noutras latitudes onde esse mercado do arrendamento é mais expressivo,  na mediação imobiliária a função de gestor imobiliário é muitas vezes cumulativa, em diferentes variantes que poderão coexistir em simultâneo, ou não. É provável que esses serviços prestados no imobiliário sejam uma tendência nos próximos anos em Portugal. As funções mais correntes  e cumulativas com a mediação são:

Gerente de condomínio.
Na maioria dos casos, os gerentes de condomínio trabalham com prédios residenciais. Este tipo de gerente forma um elo essencial entre os residentes e o gerente de propriedades, pois ocupa uma posição que lhe dá flexibilidade para supervisionar as operações diárias do imóvel. O gerente de condomínio lida não apenas com os aspetos técnicos, como manutenção dos sistemas mecânico e elétrico, mas também com residentes atuais e potenciais. Isso pode dar-se através de encontro com pessoas que querem alugar um apartamento, até a efetiva coleta do aluguer. Para essa função, é necessário que o candidato saiba comunicar-se bem, além de gostar de interagir com pessoas. Entre outras responsabilidades, a pessoa que ocupa esse cargo deve avaliar o desempenho financeiro do imóvel, medido através dos registros de receitas e despesas da propriedade. 

Gerente de propriedades.
A pessoa que desempenha essa função serve de contato entre o dono da propriedade ou seu procurador, que pode ser o gerente de bens, e os funcionários do prédio. O gerente de propriedades é primeiramente responsável pelo bem tangível, fazendo a gestão da propriedade enquanto bem físico. Ele garante a execução das atividades diárias dos gerentes de condomínio e de outros empregados, ou dos trabalhos sendo executados por terceiros. O gerente de propriedades desenvolve e segue um plano administrativo aprovado pelo proprietário. Tal plano rege todos os aspetos de planta física do imóvel, conservação da propriedade, operações financeiras, relações com os inquilinos, posição no mercado e manutenção da imagem perante a comunidade. Os gerentes de propriedade são diretamente responsáveis por manter e adicionar valor ao imóvel por meio do aprimoramento da renda operacional líquida, utilizando procedimentos operacionais eficazes e otimizando o aluguer e outras rendas.

Gerente de bens.
A pessoa que exerce essa função representa o proprietário e tem como responsabilidade gerir a propriedade enquanto bem financeiro e tomar decisões que regem a performance monetária do imóvel. A ênfase está em administrar a propriedade como um investimento, com enfoque em atividades que irão adicionar valor para cada unidade gerida. As funções operacionais são exercidas e controladas pelos gerentes de propriedade e de condomínio, já que cabe ao gerente de bens cuidar da valorização a longo prazo da propriedade, como também do fluxo de caixa imediato. Em muitos casos, as metas de performance para a propriedade são estabelecidas pelo gerente de bens e depois implementadas pelo gerente de propriedades. O papel do gerente de bens ainda está sendo definido dentro de muitas organizações, e suas responsabilidades podem variar enormemente de um ambiente para outro. Em geral, o gerente de bens acompanha o ciclo de vida da propriedade e pode se tornar envolvido na aquisição, gestão diária, e venda do imóvel. Isso requer que o profissional esteja sempre atualizado sobre as oscilações do mercado e os fatores económicos que podem levar a alterações na estrutura física ou financeira do projeto.

sábado, 22 de setembro de 2012

CIMI,FÓRMULA GERAL

A explanação do cálculo de determinação do valor patrimonial tributário dos prédios urbanos, assume nos termos do Artº 38º do Dec.Lei 287/2003 de 12 de Novembro, a seguinte fórmula geral:
                                                Vt = Vc x A x Ca x Cl  x Cq x Cv
Com o seguinte significado:

Vt = valor patrimonial tributário

Vc = valor base dos prédios edificados
A  = área bruta de construção + área excedente à  área de implantação ó coberta + descoberta 
Ca = coeficiente de afectação
Cl = coeficiente de localização
Cq = coeficiente de qualidade e conforto
Cv = coeficiente de vetustez


Sendo Vc o correspondente ao custo médio de construção por m², acrescido do valor do m² de terreno de implantação fixado em 25% daquele custo.

Para vigorar no ano económico de 2003-2004, foi fixado pela Portaria nº 982/2004 os seguintes valores:

     Custo Médio de Construção por m²  – 480 €
Valor do m² de Terreno de implantação – 120 €
                                                         Vc – 600 € (a vigorar no ano económico de 2003 -2004)





quinta-feira, 20 de setembro de 2012

IMOBILIÁRIO:TODOS OS MERCADOS PARADOS

O Bem não se identifica com o Dever. O verdadeiro ofício da razão - disse Descartes - é examinar o justo valor de todos os bens.


"O mercado imobiliário português está a atravessar uma das piores fases de sempre. De acordo com um estudo divulgado hoje pela consultora imobiliária Cushman & Wakefield, todos os segmentos do mercado "estão parados".

De acordo com a responsável da área de estudos de mercado da Cuhsman, Marta Costa, "praticamente não há investimento" em ativos imobiliários. No primeiro semestre deste ano apenas foram movimentados 116 milhões de euros, incluindo habitação, menos 37% que no mesmo período do ano passado e "um dos valores mais baixos dos últimos 15 anos".

Já nos centros comerciais, dos três que estavam previstos apenas abriu um e nos escritórios, realizaram-se "muito poucos negócios e principalmente renegociações com as rendas a serem revistas em baixa", acrescentou Marta Costa.

Além disso, adiantou ainda a mesma responsável, não há projetos novos a entrar no mercado, apenas remodelações, até porque a taxa de desocupação é já de 12,5%, a mais alta alguma vez registada, pode ler-se no estudo da Cushman.

As zonas de Miraflores e Algés são onde há agora a maior taxa de desocupação, com cerca de 200 mil m2 de escritórios à espera de inquilinos, ou seja, mais de 35% do total desocupado na Grande Lisboa.

Na hotelaria e turismo, "o que se vê são grupos hoteleiros a cair, como é o caso do grupo CS ou do Parque Alqueva", reparou ainda Marta Costa, acrescentando que, no primeiro semestre, se registou uma quebra muito grande nos proveitos dos hotéis para valores iguais a 2009 e 2010, que foram dos piores ano para o sector em Portugal."

terça-feira, 18 de setembro de 2012

ANÁLISE PELA INFERÊNCIA ESTATÍSTICA


Na Análise pela Inferência Estatística o que se pretende é explicar o mercado com base numa amostra, recorrendo à inferência estatística como procedimento de análise e interpretação de modelos e resultados de regressão.
Neste caso a inferência estatística é fundamental, permitindo, a partir da amostra, concluir sobre o comportamento geral do mercado, com determinado grau de confiança, a partir de medidas estatísticas como:
Coeficiente de Correlação; Coeficiente de Determinação; Desvio Padrão do Modelo ; Significância dos Parâmetros ; Significância do Modelo ;Intervalo de Confiança para y.
Sobre cada uma dessas medidas estatísticas falaremos adiante.

domingo, 16 de setembro de 2012

IMOBILIÁRIO PORTUGUÊS À VENDA EM PARIS


A crise  do imobiliário em Portugal pode ser um bom negócio em Fraança. A 1ª Feira do Imobiliário Português em Paris acontece este fim-de-semana, organizada pela Câmara do Comércio e da Indústria Franco-Portuguesa (CCIFP), iniciativa inédita em França. Os grupos económicos portugueses têm novas oportunidades de vendas , "O país tem uma maioria de proprietários, cerca de 80%, mas neste contexto difícil muitos bens imobiliários são colocados à venda no mercado (...), uma oportunidade para investidores franceses" esclarece a página facebook do evento.

Aqui:  http://www.facebook.com/events/110262892451875/

A página também insiste várias vezes na competitividade dos preços baixos, e refere o interesse do negócio para quem tem 3 vezes mais poder de compra em relação a Portugal.

Uma oportunidade para os consumidores franceses e luso-descendentes e uma oportunidade/necessidade para os Bancos. Esta feira junta 90 entidades, a maioria bancos portugueses e agências imobiliárias.Os Bancos tentam agora vender as habitações que a indústria de construção civil não conseguiu colocar no mercado. Reproduzimos a seguir a noticía.

NOUVEAU SALON PORTE DE VERSAILLES
1ère édition du Salon de l'Immobilier Portugais à Paris
du 14 au 16 septembre 2012

Paris, le 10 juillet 2012 - La Chambre de Commerce de d’Industrie Franco-Portugaise (CCIFP) organise pour la première fois en France le Salon de l’Immobilier portugais à Paris (SIPP) les 14, 15 et 16 septembre prochains, au Parc des Expositions de la Porte de Versailles.

Une initiative de la CCIFP en faveur du secteur immobilier
Depuis sa création en juillet 2006, la CCIFP a pour mission de promouvoir les affaires entre le Portugal et la France en aidant les entreprises engagées dans le commerce bilatéral à accéder aux services, aux conseils et contacts adaptés à leurs besoins.
Dans un contexte économique difficile, la CCIFP a évalué les différents secteurs prometteurs pour l’investissement au Portugal. Les résultats ont démontré que leurs efforts devaient avant tout se concentrer sur le Tourisme, les hautes technologies, la mer et ses produits dérivés, la santé et l’immobilier.
Le secteur de l’immobilier est en crise mais, contrairement à son voisin l’Espagne, la bulle spéculative n’a pas sa place au Portugal.
Le pays compte une majorité de propriétaires, près de 80%, mais, dans ce contexte difficile, de nombreux biens immobiliers sont mis en vente sur le marché.
Afin de faciliter la présentation de ces opportunités aux investisseurs français, la CCIFP organise à Paris en septembre prochain la première édition d’un salon dédié à l’immobilier portugais.

Faciliter l’échange et valoriser les opportunités
Des partenaires importants ont déjà confirmé leur participation telles que les banques Banque BCP, BESV, Montepio, Caixa Geral de Depósitos, les assurances Fidelidade Mundial, les promoteurs Paço, Libertas, Wallis, mais aussi les institutions : l’Ambassade du Portugal, l’AICEP Portugal Global, Turismo de Portugal, AIP, SIL.
Ces opportunités seront présentées par région et par type de projets facilitant la visite et le choix des investisseurs potentiels. Les exposants – tous francophones – participeront également à une série de conférences et de séminaires qui permettront de développer les avantages fiscaux et financiers, de présenter les projets en détail mais aussi les régions portugaises et leurs atouts. De Lisbonne à l’Algarve en passant par la Vallée du Douro, de nombreuses occasions s’offrent aux investisseurs français, particuliers ou professionnels, seniors à la recherche d’une nouvelle résidence principale ou famille en quête d’un pied à terre pour les vacances.

Les avantages pour les investisseurs
• 320 jours de soleil par an
• La proximité de la France : 30 vols quotidiens au départ des principales villes de France
• La garantie de la sécurité, d'excellentes infrastructures de santé, connectivité…
• Le pays est membre de la Communauté Européenne : la monnaie est donc l'euro
• Un pouvoir d'achat multiplié par 3 pour les séniors français s'installant au Portugal
• La grande qualité des biens immobiliers proposés à prix cassés
• La richesse de la culture, du patrimoine, et de la gastronomie



7 bonnes raisons de visiter le salon
• C’est la 1ère édition du Salon de l’Immobilier Portugais à Paris !
• Les exposants parlent tous français
• Une offre adaptée aux particuliers pour des résidences principales ou secondaires
• Des opportunités pour investir dans la pierre à des prix très compétitifs pour des biens neufs ou anciens.
• A titre d’exemple: une villa standard achetée 520 000€ en 2010 a été mise en vente à 280 000 EUR en 2011
• Les projets seront présentés en images et en vidéos
• Des informations sur les moyens de financement sont également mises à disposition: des banques portugaises, implantées en France peuvent, grâce à leur siège au Portugal, proposer des modalités de financement sans contrainte pour l’acheteur d’être à l’étranger.
• La mise en place de forfaits, en partenariat avec des compagnies aériennes, facilitera le voyage des futurs investisseurs au Portugal, afin de visiter leur nouvelle acquisition et la région alentour.
• La présence de l’office de tourisme du Portugal et des différentes régions portugaises permettront d'avoir une meilleure connaissance du pays.


www.sipp.ccifp.fr

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

FUNÇÕES DE TRANSFORMAÇÃO


Funções de Transformação de Regressões Simples Não Lineares.

Nem sempre se observa uma tendência linear dos pontos que representam os dados de mercado. Na maioria das situações a relação entre variável explicada e explicativa dá-se de uma forma não linear.  Contudo, segundo modelos que podem ser linearizados por via da transformação das funções, de que se apresentam a seguir alguns exemplos :

Função Logarítmica
Trata-se de função do tipo:  e^y = e^a . X^b

onde                           ® e = base de logaritmos neperianos.

Funções deste tipo podem ser linearizadas através da aplicação das propriedades dos logaritmos neperianos.

 Transformada Linear : y = a + b . Ln (x)
                                                                                  com                 Y’ = y
                                                                                                           a’ = a
                                                                                                           b’ = b
                                                                                                          x’ = Ln (x)
                                                                                                          y’ = a’ + b’ x’
Função Exponencial
y=a.b^X
Transformada Linear: Ln (y) = Ln (a) + x Ln (b)
                                                                                  com                 y’ = Ln (y)
                                                                                                          a’ = Ln (a)
                                                                                                          x’ = x
                                                                                                          b’ = Ln (b)
                                                                                                          y’ = a’ + b’ x’
Função Potencial
y=a.X^b
Transformada Linear: Ln (y) = Ln (a) + b.Ln (x)

                                                                                        com           y’ = Ln (y)
                                                                                                          a’ = Ln (a)
                                                                                                          b’ = b
                                                                                                          x’ = Ln (x)
                                                                                                          y’ = a’ + b’ x’

Outras como a Hiperbólica, a Quadrática, a Inversa da Raiz,… são linearizáveis, tendo após transformação procedimentos idênticos aos adoptados no caso da Regressão Linear Simples.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

MÉTODO CIMI

Ao realizarmos a utilidade da aplicação de diversas metodologias de avaliação, tem atualmente particular acuidade e oportunidade a apreciação comparada, que iniciaremos com este poste sobre o uso do Método CIMI na avaliação imobiliária. 

Iniciamos o tema pela apresentação das principais razões e objetivos subjacentes a este código CIMI , que decorrem da leitura do Dec.Lei 287/2003. Apresentaremos mais tarde uma dissecação da fórmula geral de cálculo prevista no método CIMI, explanando todos os parâmetros envolvidos até à fórmula deduzida.

Constituindo-se num método novo, o método CIMI define parâmetros e regras objetivas próprias e é em si mesmo uma novidade em Portugal, naturalmente resultante de um trabalho aturado que importa respeitar. 

No Preâmbulo do Dec. Lei 287/2003 de 12 de Novembro pode ler-se: “Há muito tempo que existe um largo consenso acerca do carácter profundamente injusto do regime de tributação (estática) do património imobiliário motivado em parte pela profunda desactualização das matrizes prediais e essencialmente na inadequação do sistema de avaliações prediais…”. 

Resumidamente, dos principais aspetos diremos que o novo código assenta nos seguintes pressupostos:

 - Inadequação dos Métodos 
 Embora o Código da Contribuição Autárquica tenha entrado em vigor em 1 de Janeiro de 1989, o sistema de avaliações vigente era ainda o do velho Código da Contribuição Predial e do Imposto Sobre a Indústria Agrícola, de 1963 (e que em grande parte manteve o sistema do Código da Contribuição Predial de 1913). Ou seja, o sistema de avaliações até agora vigente foi criado para uma sociedade que já não existe, de economia rural e onde a riqueza imobiliária era predominantemente rústica. Por essa razão, o regime legal de avaliação da propriedade urbana até agora vigente era profundamente desajustado da realidade atual.

 - Desfasamento Face ao Mercado
A enorme valorização nominal dos imóveis, em especial dos prédios urbanos habitacionais, comerciais e terrenos para construção, minaram a estrutura e a coerência do atual sistema de tributação. Estes fatores conduziram a distorções e iniquidades, incompatíveis com um sistema fiscal justo e moderno e sobretudo, no entender do legislador, a uma situação de sobre tributação dos prédios novos ao lado de uma desajustada sub tributação dos prédios antigos. 

 - Alterar Versus Legislar de Raiz
A profundidade das alterações introduzidas é de tal ordem que se entendeu, em lugar de rever a contribuição autárquica, criar o imposto municipal sobre imóveis (IMI), terminologia entendida como mais adequada para designar a realidade tributária em causa. 

 - Carácter Inovador
Com este Código opera-se uma profunda reforma do sistema de avaliação da propriedade, em especial da propriedade urbana. Lê-se no Dec. Lei 287/2003, que pela primeira vez em Portugal “o sistema fiscal passa a ser dotado de um quadro legal de avaliações que se pretendeu totalmente assente em fatores objetivos, de grande simplicidade e coerência interna, e sem espaço para a subjetividade e discricionariedade do avaliador”. É um quadro legal, pensamos que igualmente sem espaço para as vicissitudes do mercado imobiliário e do arrendamento, instituindo o CIMI o principio de que o valor económico do prédio urbano tem imediata correspondência no valor de mercado. O que não é verdade.

 - Fatores Tidos em Consideração
Foram acolhidas, no essencial, as recomendações do relatório da Comissão de Desenvolvimento da Reforma Fiscal, bem como os critérios do anteprojecto do Código de Avaliações elaborado em 1991, atualizados mais tarde no âmbito da Comissão da Reforma da Tributação do Património, considerando-se, nomeadamente, a relevância do custo médio de construção, da área bruta de construção e da área não edificada adjacente, o preço por metro quadrado, incluindo o valor do terreno, a localização, a qualidade e conforto da construção, a vetustez e as características das envolventes.

 - Importância da Localização
Estes fatores são complementados com zonamentos municipais específicos, pretensamente correspondentes a áreas uniformes de valorização imobiliária, com vista a impedir a aplicação de fatores idênticos independentemente da localização de cada prédio e de cada município no território nacional. 

- Repartição Mais Justa
Os objetivos fundamentais das alterações propostas são o de criar um novo sistema de determinação do valor patrimonial dos imóveis, o de atualizar os seus valores e o de repartir de forma supostamente mais justa a tributação da propriedade imobiliária. 

- Equidade e Progressividade
Outro dos principais objetivos a alcançar é o da rápida melhoria do nível de equidade. Tal é prosseguido, enquanto não for determinada a avaliação geral, como sabemos atualmente a decorrer, através de: a) da actualização imediata da matriz dos valores patrimoniais tributários, pela via da avaliação geral. b) da redução substancial dos limites da taxa, antes fixados em 0,4% (mínima) e 0,8% (máxima) para 0,2% (mínima) e 0,5% (máxima)tes fixados em 0,4‰ (mínima) e 0,8‰ (máxima); c) do estabelecimento de limites ao aumento da Coleta, por forma a que não ocorra nem um agravamento exagerado e abrupto do imposto a pagar, nem uma quebra na receita, competindo aos municípios determinar em concreto qual a taxa a aplicar. 

- Salvaguarda de Imóveis com Arrendamentos Antigos
No caso de prédio ou parte de prédio urbano para habitação celebrado antes da entrada em vigor do Regime de Arrendamento Urbano, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 321 -B/90, de 15 de Outubro, ou por contrato de arrendamento para fins não habitacionais celebrado antes da entrada em vigor do Decreto -Lei n.º 257/95, de 30 de Setembro, o valor patrimonial tributário, para efeitos exclusivamente de IMI, não pode exceder o valor que resultar da capitalização da renda anual pela aplicação do factor 15. A atualização do valor patrimonial dos prédios urbanos arrendados e que continuem arrendados no domínio de vigência do novo Código, será feita através da capitalização da renda anual, evitando assim que os seus titulares se vejam confrontados com um imposto a pagar que poderia exceder o rendimento efetivamente recebido.

- Prédios Rústicos
Nos prédios rústicos, continua a considerar-se como base para a tributação o seu potencial rendimento produtivo, com alterações de menor relevância, sendo a realização de uma reforma mais global diferida para o momento da reestruturação da base cadastral destes prédios. 

- Maior Liberdade Municipal
Os prédios urbanos novos e os que forem transmitidos no domínio de vigência do CIMI serão objecto de avaliação com base nas novas regras de avaliação e passarão a ser tributados por uma taxa entre 0,2% e 0,5%, a fixar por cada município. Maior Liberdade Municipal Outra medida importante desta reforma é o reforço dos poderes tributários dos municípios, nomeadamente através dos novos poderes de determinar alguns benefícios fiscais, no âmbito das políticas urbanística, cultural, de desenvolvimento e de combate à desertificação.

As Novas Taxas de Tributação (IMI) 



 Estas taxas incidem sobre o valor patrimonial apurado. Tratando-se de prédios mistos, constituídos por parte rústica e parte urbana, aplica-se ao valor patrimonial de cada parte a respetiva taxa.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

AVALIAÇÃO GERAL EM DERRAPAGEM


Até ao final de Julho, só um terço dos prédios por avaliar já tinha valores fiscais actualizados. Finanças estarão já a admitir só terminar em Março de 2013.

Dos 5,2 milhões de prédios terão de ser reavaliados para efeitos de IMI até ao final do ano, a 31 de Julho só cerca de um terço estavam já com valores patrimoniais tributários actualizados. Isto significa que, a manter-se este ritmo, até ao final do ano estarão avaliados cerca de três milhões de imóveis. Se assim acontecer, não será possível cumprir a meta de concluir a avaliação geral em 2012, tal como foi definido no memorando assinado com a troika.

Fonte:http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=577641&pn=1

Podemos dizer que já sabiamos que ia ser assim. Não sabemos ainda é como vai ser a reavaliação a cada três anos,....muito menos como serão pagas.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

CURVA DOS MÍNIMOS QUADRADOS


É a curva ou recta cuja soma dos quadrados das distâncias ou desvios dos diversos dados de mercado em relação a ela é mínima,  sendo os coeficientes “a”, “b” e “c” determinados pelo Método dos Mínimos Quadrados.

 Vejamos como se realiza uma regressão linear simples. 

Se fôr (xi; yi) o conjunto de “n” pontos que constituem a amostra, os procedimentos para o cálculo de “a” e “b” e para a obtenção da equação são:

  1.  Determinação da média X dos valores que a variável explicativa “X” assume na amostra:
       X = n ˉ¹ Σ Xi
  1. Determinação da média Y dos valores que a variável explicada “Y” assume na amostra:
      Y = n ˉ¹ Σ Yi
  1. Determinação da soma dos quadrados das diferenças entre cada valor xi e a média X :
      A = Σ (xi – X)²
  1. Determinação das constantes “b” e “a” da recta y = a + bx através das fórmulas seguintes:
     b = Aˉ¹ [ Σ yi (xi-X)]
     a = Y – b X

domingo, 9 de setembro de 2012

GESTÃO/MEDIAÇÃO IMOBILIÁRIA


Agora que o boom da promoção imobiliária passou a atividade de mediação, dará cada vez mais lugar à gestão imobiliária. Essa  atividade de mediação, sem deixar de existir deverá verificar uma evolução na perspetiva da gestão imobiliária, trabalhando áreas como administração, operação,  marketing e manutenção de imóveis de forma a satisfazer as expectativas do proprietário.

A gestão imobiliária irá crescer como profissão devido a algumas tendências significativas como, a de uma maior percentagem de imóveis  sendo considerado como investimento e a gestão dessas propriedades será um fator preponderante. É reconhecido o fato de que a gestão imobiliária requer treinamento formal. A natureza mutável do ramo imobiliário continuará a gerar mais empregos e oportunidades de desenvolvimento de carreira para todos aqueles comprometidos com uma melhoria contínua, excelência no desempenho e melhor qualidade na prestação de serviços aos clientes.

O trabalho realizado por gestores imobiliários varia enormemente conforme o cargo que ocupam, a empresa para a qual trabalham e o tipo de imóveis que administram. Dentro do vasto campo imobiliário, a maioria dessas funções encaixa nas seguintes categorias: gestão de condomínio, gestão de propriedades, gestão de bens. Essas são divisões genéricas aplicativas das áreas existentes no ramo de gestão imobiliária. Ao nível da gestão de bens e de propriedades, muitas das responsabilidades se interpenetram. Além disso, o título do cargo e as responsabilidades entregues aos mediadores/gestores imobiliários variam dependendo do tipo de organização e da propriedade administrada.

Voltaremos a este assunto : Mediação/Gestão imobiliária.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

A REGRESSÃO LINEAR SIMPLES


 A relação é representada pela equação da recta:

Y = a + bx                                         Onde




y = variável explicada
x = variável explicativa
a = intercepto ® valor de y  quando x = 0
b = coeficiente de regressão ou  incremento
de y quando X é aumentado 1 unidade


Considerando:
            y = a + b x      a apreciação do mercado
e
            ŷ = a + b x + ε     a equação da amostra ou modelo ajustado desse mercado, em que

Ŷ = estimativa do valor de y
ε = erro total de regressão da amostra em relação ao mercado e constitui o erro a ser analisado.

Procurar uma equação matemática que tenha o menor erro em relação à amostra e consequentemente ao mercado é o objectivo do Método.

REUNIÃO DE PERITOS LOCAIS


Realiza-se no auditório da Sede Nacional da Ordem dos Engenheiros, em Lisboa, no dia 10 de Setembro, pelas 17h, uma reunião organizada pela Associação Portuguesa dos Avaliadores de Engenharia (APAE), com o apoio da Ordem dos Arquitectos.

Além dos associados da APAE, a reunião é aberta a outros peritos locais e destina-se a fazer o ponto da situação das condições em que a avaliação geral está a ser realizada.

Inscrição prévia (gratuita), na Secretaria da APAE através dos seguintes contactos:
E-mail: apae@mail.telepac.pt