sábado, 4 de agosto de 2012

MÉTODO SEL


Com origem na Suiça em 1974, tem a potencialidade de acompanhar a evolução das exigências funcionais, com a evolução das necessidades dos utentes, reflectidas na avaliação periódica das ponderações de importância atribuída a cada critério exigencial.

Simplificado em 2003, passando de 66 para 39 critérios, valoriza agora mais as necessidades actuais e exigências dos utilizadores, avaliando-se a habitabilidade numa hierarquia de objectivos como a seguir se indica.

ATRIBUTOS CARACTERIZADORES DO VALOR DE UM IMÓVEL      
                   
Critérios de Avaliação do Método SEL            
Critérios de Avaliação Pontos Ponderação Pontos Valor
            Ponderados  
B1 Área habitável       3    
B2 Número de compartimentos 3
B3 Flexibilidade de utilização     3    
B4 Paredes mobiláveis nos  espaços comuns 3
B5 Janelas nos espaços comuns     2    
W1 B6 Localização da zona para refeições 2
B7 Mobiliário na zona de refeições     2    
HABITAÇÃO B8 Ligação cozinha - zona de refeições   2    
B9 Janela na cozinha       1    
B10 Equipamento sanitário 1
B11 Janelas nas instalações sanitárias   1    
B12 Possibilidades arranjos dos espaços 4
B13 Espaços modulares       2    
B14 Possibilidade de reorganização 2
B15 Facilidades de circulação     2    
B16 Espaços exteriores privados     3    
Ponderação total         36    
  Valor de Utilização W1     (Pontos ponderados W1)/36  
B17 Oferta de habitação       2    
B18 Locais suplementares para alugar   3    
B19 Modificação da dimensão da habitação 2
B20 Acessibilidade à habitação     2    
B21 Entrada do imóvel       2    
W2 B22 Lavandaria e secagem de roupa     3    
B23 Locais de arrumo privados 2
MEIO B24 Locais de arrumos comuns         1    
EXTERIOR B25 Locais comuns polivalentes 1
ENVOLVENTE B26 Espaços comuns exteriores     4    
B27 Acesso por peões e ciclistas 2
B28 Lugares de estacionamento para automóveis 1    
B29 Transição do espaço público para o privado 1
B30 Poluição sonora e protecção contra o ruído 2    
Ponderação total         28    
  Valor de Utilização W2     (Pontos ponderados W2)/28  
B31 Local de jogos no quarteirão 3
B32 Parque público ou floresta     2    
W3 B33 Transportes públicos       8    
B34 Proximidade do centro 8
LOCAL B35 Jardim de infância e escola primária   3    
DE B36 Escola secundária       1    
IMPLANTAÇÃO B37 Equipamento de serviços sociais 1
B38 Zona de recreio e lazer     3    
B39 Centro regional       7    
Ponderação total         36    
Valor de Utilização W3 (Pontos ponderados W3)/36
Valor de Utilização W1+W2       (Pontos ponderados W1+W2)/34  
Valor de Utilização W1+W2+W3       (Pontos Ponderados W1+W2+W3)/100


requisitos, ou exigências mínimas, que são:

 M1 áreas líquidas mínimas
 M2 – área bruta da habitação e programa de espaços previsto
 M3 – equipamento da cozinha e instalações sanitárias
 M4 – isolamento térmico e acústico regulamentar
 M5 – habitações adequadas a pessoas idosas e deficientes

Ultrapassada esta primeira fase, os 39 critérios de Avaliação são avaliados (numa escala de 1 a 3 – em alguns critérios com intervalo de meio ponto), com recurso a listas escalonadas de exigências (quadros de comparação com situações tipo) ou a funções de transformação (via gráfica).

A determinação do Valor de Utilização é efectuada, finalmente pela soma, dos produtos individuais da nota de cada critério pelo valor da ponderação correspondente, sendo a classificação final do empreendimento dada por.

                           39
            Vu =   Σ  ni x Pi/Σ Pi
                          i = 1

Vu = Valor de utilização
ni = Nota de cada critério
Pi = Ponderação correspondente

A ponderação é feita com a distribuição sucessiva de um dado número de pontos pelos elementos da hierarquia de objectivos que se encontram subordinados a um nível superior, sendo a ponderação final de cada critério o produto sucessivo da pontuação de cada “ramo lógico” que o contém.

Metodologias de apreciação do tipo SEL e QUALITEL são muito frequente entre nós contemplando aspectos como a envolvente, o edifício, a habitação, qualidade de projectos e de execução. Talvez o melhor e mais completo exemplo seja  o Método FEUP/Moreira da Costa, em que a avaliação é efectuada com recurso a listas escalonadas de exigências, a quadros de dupla entrada, ou a funções de transformação prática. Neste caso a ponderação foi estabelecida a partir de inquéritos realizados a engenheiros e arquitectos, para os vários níveis da hierarquia dos atributos.


Sem comentários:

Enviar um comentário

Grato pela sua participação.