Carlos Gonçalves: “O escritório virtual é o modelo de
futuro”
No âmbito da conferência "Mercado de Escritórios
- Sustentabilidade, Gestão de Espaços e Tecnologias de Informação", Carlos
Gonçalves, diretor-geral do Avila Business Centers, explicou ao OJE como o
escritório virtual é o novo paradigma e de que forma a sustentabilidade é uma
aliada das empresas.
Qual a
relação entre sustentabilidade e escritórios virtuais?
O escritório virtual é um verdadeiro exemplo de modelo
de trabalho orientado para a sustentabilidade e claramente um modelo de futuro
do mercado, a par de outras soluções, como o coworking, por exemplo. Como
contraponto ao escritório tradicional, em que os colaboradores têm praticamente
a obrigatoriedade de se apresentarem no mesmo, o que obriga a deslocações
diárias, no caso do escritório virtual, o trabalho é realizado à distância,
eliminando, à partida, estas deslocações diárias, podendo o trabalho ser realizado
em qualquer lugar e a qualquer hora. Empresas como a Oracle poupam, por ano,
cerca de 300 milhões de dólares (236 milhões de euros) em despesas com o
imobiliário, refletindo-se naturalmente em poupanças a nível energético. Nesta
empresa tecnológica, 50% dos trabalhadores estão em regime de teletrabalho,
poupando recursos energéticos e de combustível, tornando este modelo bastante
sustentável e também atrativo para os colaboradores. Trata-se de um novo
paradigma e a conferência "Mercado de Escritórios - Sustentabilidade,
Gestão de Espaços e Tecnologias de Informação" pretende apresentar alguns
casos de estudo neste domínio, não deixando de analisar o mercado de
escritórios tradicional, a eficiência energética, as plataformas colaborativas
e o cloud computing. Em Portugal, estamos a acompanhar as tendências que se
verificam tanto nos EUA como no resto da Europa.
Em relação
aos centros de escritórios existentes no País - ainda há um grande trabalho a
fazer para atingir a sustentabilidade, de que forma terá de ser feito?
Há claramente muito ainda a fazer nos centros de
escritórios ditos "tradicionais". Hoje deverá haver a preocupação de
ter um espaço bem dividido, com zonas comuns e com iluminação e climatização
adequados à dimensão e que respondem às necessidades de conforto dos clientes,
tanto os que usufruem do espaço físico como os que utilizam o escritório
virtual e de coworking. Deverá existir a preocupação de utilizar iluminação
LED, ter um excelente isolamento térmico, o que está inerente ao conceito de sustentabilidade,
para além de sistemas inteligentes de consumo energético, com vista a maximizar
a sustentabilidade dos espaços. Muitas empresas estão a incentivar a utilização
de veículos não-motorizados, como o caso de bicicletas. Por exemplo, os clientes
de coworking deslocam-se habitualmente de bicicleta até ao escritório.
A longo
prazo, os edifícios de escritórios mais antigos e menos sustentáveis, apesar
das rendas mais baixas, tornam-se mais dispendiosos? Que oportunidades irão
gerar os velhos edifícios?
Sim, é uma realidade. Temos o nosso caso particular:
há uns anos, tivemos de transitar para instalações modernas, pois a
reabilitação das instalações antigas pressupunha um investimento por parte dos
senhorios que não se concretizou, provocando custos acrescidos a cada ano que
passava. Este é um caso que acontece recorrentemente em espaços de escritórios
tradicionais e que faz com que as empresas gastem muito dinheiro a nível
energético, sobretudo devido ao fraco isolamento térmico de que esses escritórios
padecem, o que leva sempre a enormes gastos a nível de climatização.
Atualmente, os centros de escritórios já estão sensibilizados para as vantagens
da eficiência energética e da sustentabilidade, investindo nas mais recentes
tecnologias neste campo, o que se reflete naturalmente no preço final e real da
utilização de um escritório físico ou virtual, revelando-se na opção mais
correta na altura de escolher o escritório.
A
sustentabilidade é uma preocupação de quem procura escritórios no mercado português
ou o preço é o último argumento?
Ambos são importantes e o preço também está
diretamente relacionado com a sustentabilidade. Como referimos acima, é a
fatura final que conta e não o aluguer por metro quadrado. Tudo tem impacto nas
contas do aluguer, como a luz, a climatização, o condomínio, etc. Na
conferência, iremos abordar as vantagens de as empresas utilizarem o modelo de
centros de escritórios, nomeadamente na vertente de serviço chave-na-mão, onde
todas estas variantes estão incluídas, para além do apoio de secretariado e
atendimento telefónico, pelo que o cliente sabe exatamente o que vai pagar, não
tendo surpresas inesperadas, como acontece nos centros tradicionais. No
contexto atual, o cliente continua a valorizar o preço acima de tudo, mas é um
pacote completo que ele pretende. Se existir um pacote de aluguer que reúna as
duas vertentes - sustentabilidade e preço -, de certo vai captar a sua atenção.
Acima de tudo, o cliente procura uma relação preço/benefício equilibrada.
Mercado em debate
A segunda edição da "Your Office Anywhere" é
subordinada ao tema "Mercado de Escritórios - Sustentabilidade, Gestão de
Espaços e Tecnologias de Informação". Organizada pela empresa de aluguer
de espaços físicos de trabalho chave-na-mão e escritórios virtuais Avila
Business Centers, em parceria com o OJE, tem lugar no dia 25 de maio, no
Auditório da Microsoft, Parque das Nações, em Lisboa.
O atual
contexto de recessão exige uma nova abordagem ao mercado de escritórios. Por um
lado, há uma contração na procura de novos espaços, por outro, há novos
desafios, como a sustentabilidade, a tecnologia e os novos modelos de gestão de
espaços de trabalho. Como tem reagido o mercado português? Quais as
oportunidades para 2012 no mercado de escritórios? Quais as estratégias que
estão a ser adotadas na escolha e conceção do espaço de trabalho? Quais as
oportunidades na reabilitação de edifícios e das tecnologias de informação? Os desafios
do arrendamento e da reabilitação urbana, a sustentabilidade dos edifícios
(eficiência energética e racionalização de espaços), o escritório virtual como
solução para a internacionalização das empresas portuguesas, cloud computing e
o acesso ao escritório "any time, anywhere", entre outros modelos que
representam o escritório do futuro, são algumas das questões que vão estar em
debate, fomentado por um painel de especialistas em consultoria imobiliária,
arquitetura, centros de negócios e tecnologias de informação ou eficiência
energética.
Fonte: OJE
O escritório virtual é uma opção bastante proveitosa, pelo menos ao meu ver. Tenho a possibilidade de trabalhar em casa, e quando preciso me reunir com algum cliente basta fazer a reserva da sala e tenho todos os serviços ao meu dispor, uso e recomendo a todos o www.escritoriovirtual-saopaulo.com
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