quinta-feira, 31 de maio de 2012

ESCRITÓRIO VIRTUAL - MODELO DE FUTURO


Carlos Gonçalves: “O escritório virtual é o modelo de futuro”

No âmbito da conferência "Mercado de Escritórios - Sustentabilidade, Gestão de Espaços e Tecnologias de Informação", Carlos Gonçalves, diretor-geral do Avila Business Centers, explicou ao OJE como o escritório virtual é o novo paradigma e de que forma a sustentabilidade é uma aliada das empresas.

Qual a relação entre sustentabilidade e escritórios virtuais?
O escritório virtual é um verdadeiro exemplo de modelo de trabalho orientado para a sustentabilidade e claramente um modelo de futuro do mercado, a par de outras soluções, como o coworking, por exemplo. Como contraponto ao escritório tradicional, em que os colaboradores têm praticamente a obrigatoriedade de se apresentarem no mesmo, o que obriga a deslocações diárias, no caso do escritório virtual, o trabalho é realizado à distância, eliminando, à partida, estas deslocações diárias, podendo o trabalho ser realizado em qualquer lugar e a qualquer hora. Empresas como a Oracle poupam, por ano, cerca de 300 milhões de dólares (236 milhões de euros) em despesas com o imobiliário, refletindo-se naturalmente em poupanças a nível energético. Nesta empresa tecnológica, 50% dos trabalhadores estão em regime de teletrabalho, poupando recursos energéticos e de combustível, tornando este modelo bastante sustentável e também atrativo para os colaboradores. Trata-se de um novo paradigma e a conferência "Mercado de Escritórios - Sustentabilidade, Gestão de Espaços e Tecnologias de Informação" pretende apresentar alguns casos de estudo neste domínio, não deixando de analisar o mercado de escritórios tradicional, a eficiência energética, as plataformas colaborativas e o cloud computing. Em Portugal, estamos a acompanhar as tendências que se verificam tanto nos EUA como no resto da Europa.

Em relação aos centros de escritórios existentes no País - ainda há um grande trabalho a fazer para atingir a sustentabilidade, de que forma terá de ser feito?
Há claramente muito ainda a fazer nos centros de escritórios ditos "tradicionais". Hoje deverá haver a preocupação de ter um espaço bem dividido, com zonas comuns e com iluminação e climatização adequados à dimensão e que respondem às necessidades de conforto dos clientes, tanto os que usufruem do espaço físico como os que utilizam o escritório virtual e de coworking. Deverá existir a preocupação de utilizar iluminação LED, ter um excelente isolamento térmico, o que está inerente ao conceito de sustentabilidade, para além de sistemas inteligentes de consumo energético, com vista a maximizar a sustentabilidade dos espaços. Muitas empresas estão a incentivar a utilização de veículos não-motorizados, como o caso de bicicletas. Por exemplo, os clientes de coworking deslocam-se habitualmente de bicicleta até ao escritório.

A longo prazo, os edifícios de escritórios mais antigos e menos sustentáveis, apesar das rendas mais baixas, tornam-se mais dispendiosos? Que oportunidades irão gerar os velhos edifícios?
Sim, é uma realidade. Temos o nosso caso particular: há uns anos, tivemos de transitar para instalações modernas, pois a reabilitação das instalações antigas pressupunha um investimento por parte dos senhorios que não se concretizou, provocando custos acrescidos a cada ano que passava. Este é um caso que acontece recorrentemente em espaços de escritórios tradicionais e que faz com que as empresas gastem muito dinheiro a nível energético, sobretudo devido ao fraco isolamento térmico de que esses escritórios padecem, o que leva sempre a enormes gastos a nível de climatização. Atualmente, os centros de escritórios já estão sensibilizados para as vantagens da eficiência energética e da sustentabilidade, investindo nas mais recentes tecnologias neste campo, o que se reflete naturalmente no preço final e real da utilização de um escritório físico ou virtual, revelando-se na opção mais correta na altura de escolher o escritório.

A sustentabilidade é uma preocupação de quem procura escritórios no mercado português ou o preço é o último argumento?
Ambos são importantes e o preço também está diretamente relacionado com a sustentabilidade. Como referimos acima, é a fatura final que conta e não o aluguer por metro quadrado. Tudo tem impacto nas contas do aluguer, como a luz, a climatização, o condomínio, etc. Na conferência, iremos abordar as vantagens de as empresas utilizarem o modelo de centros de escritórios, nomeadamente na vertente de serviço chave-na-mão, onde todas estas variantes estão incluídas, para além do apoio de secretariado e atendimento telefónico, pelo que o cliente sabe exatamente o que vai pagar, não tendo surpresas inesperadas, como acontece nos centros tradicionais. No contexto atual, o cliente continua a valorizar o preço acima de tudo, mas é um pacote completo que ele pretende. Se existir um pacote de aluguer que reúna as duas vertentes - sustentabilidade e preço -, de certo vai captar a sua atenção. Acima de tudo, o cliente procura uma relação preço/benefício equilibrada.

Mercado em debate
A segunda edição da "Your Office Anywhere" é subordinada ao tema "Mercado de Escritórios - Sustentabilidade, Gestão de Espaços e Tecnologias de Informação". Organizada pela empresa de aluguer de espaços físicos de trabalho chave-na-mão e escritórios virtuais Avila Business Centers, em parceria com o OJE, tem lugar no dia 25 de maio, no Auditório da Microsoft, Parque das Nações, em Lisboa.

O atual contexto de recessão exige uma nova abordagem ao mercado de escritórios. Por um lado, há uma contração na procura de novos espaços, por outro, há novos desafios, como a sustentabilidade, a tecnologia e os novos modelos de gestão de espaços de trabalho. Como tem reagido o mercado português? Quais as oportunidades para 2012 no mercado de escritórios? Quais as estratégias que estão a ser adotadas na escolha e conceção do espaço de trabalho? Quais as oportunidades na reabilitação de edifícios e das tecnologias de informação? Os desafios do arrendamento e da reabilitação urbana, a sustentabilidade dos edifícios (eficiência energética e racionalização de espaços), o escritório virtual como solução para a internacionalização das empresas portuguesas, cloud computing e o acesso ao escritório "any time, anywhere", entre outros modelos que representam o escritório do futuro, são algumas das questões que vão estar em debate, fomentado por um painel de especialistas em consultoria imobiliária, arquitetura, centros de negócios e tecnologias de informação ou eficiência energética.

Fonte: OJE

1 comentário:

  1. O escritório virtual é uma opção bastante proveitosa, pelo menos ao meu ver. Tenho a possibilidade de trabalhar em casa, e quando preciso me reunir com algum cliente basta fazer a reserva da sala e tenho todos os serviços ao meu dispor, uso e recomendo a todos o www.escritoriovirtual-saopaulo.com

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